ABC²
Ciência e Fé podem andar juntas?
Ciência e Fé podem andar juntas?
É muito comum ouvirmos que ciência e Religião são como água e óleo, ou
seja, não podem ser misturadas. Porém, uma análise histórica pode
facilmente desmontar esse argumento pelo fato de que a Ciência se
desenvolveu grandemente por conta de questões que foram formuladas por
questões teológicas primariamente. Por exemplo, quando pensamos no
desenvolvimento da Astronomia, é possível mostrar que muitas descobertas
foram feitas por religiosos que estavam interessados em avaliar a
influência dos astros na vida comum. Também é possível mostrar que
vários cientistas de grande peso para a Física, por exemplo, eram
pessoas profundamente religiosas, dentre as quais citamos: Newton,
Leibniz, Kepler, Boyler e outros.
Alguns podem argumentar que isso é coisa do passado e que hoje todos
cientistas são ateus ou agnósticos. Contudo, isso não é verdade! Vários
importantes cientistas, de diversas áreas, têm Fé e são engajados em
suas comunidades de Fé. É claro, alguns cientistas desprezam pessoas que
alegam ter fé. Por outro lado, muitos religiosos se isolam em seu
universo ou partem para uma postura de defesa de sua fé por meios não
adequados. Também existe em nossos dias o perigo das pseudociências e do
relativismo que tomou conta de certos meios, inclusive dentro da
Universidade. Neste ambiente de vale-tudo, todos perdem pela falta de
contribuição mútua que pode surgir da interação entre essas áreas que
têm visões diferentes de mundo que não são necessariamente excludentes,
desde que bem embasadas.
Exatamente para tentar aproximar as áreas e para desmistificar essa
ideia difundida por grupos específicos de que Ciência e Fé não podem
andar juntas, várias associações ao redor do mundo foram formadas para
promover uma discussão com base acadêmica sobre as relações entre essas
duas áreas de conhecimento. Dentre elas, destacamos a Associação
Brasileira de Cristão na Ciência (ABC²).
A Missão da ABC2 é, portanto, operar como uma embaixada de sentido entre o universo da fé cristã e o universo da ciência.
Nesta qualidade, ela promoverá o diálogo aberto, honesto e respeitoso
entre estes dois campos, tendo sempre em conta a liberdade e a soberania
das respectivas esferas sociais e as finalidades intrínsecas e próprias
de cada esfera, mas buscando o avanço do conhecimento integral acerca
do homem e sua relação com Deus e a natureza, a partir de uma
perspectiva cristã.
É importante salientar que a ABC2 não
pretende controlar ou interferir nos procedimentos, processos ou
instituições internas aos dois campos, nem se arvorar legisladora sobre a
natureza da ciência ou da fé, mas tão somente auxiliar os cristãos que
pertencem aos dois campos a melhor integrar suas vocações científica e
espiritual. Portanto, não será seu papel arbitrar sobre pontos
controversos na interação entre fé cristã e ciência, mas sim oferecer-se
como fórum aberto para debates de alto nível, de forma que eventuais
discordâncias entre seus associados possam resultar em diálogo produtivo
e aprofundamento dos temas em questão. Para saber mais sobre a ABC² e
ter acesso a materiais sobre a temática acesse o link: https://www.cristaosnaciencia.org.br/ .
Você também pode participar de reuniões em vários locais no Brasil.
Para reuniões em Petrópolis entre em contato com o editor do Blog
(e-mail: profraulneto@gmail.com).
Para iniciar nossa discussões sobre o tema, vamos colocar o link
abaixo do Dr. John Polkinghorne. O autor trabalhou com física teórica
de partículas elementares por 25 anos; foi Professor de Física
Matemática na Universidade de Cambridge e, em seguida, Presidente do
Queens’ College, em Cambridge. O Dr. Polkinghorne é membro da Royal
Society, foi o Presidente Fundador da International Society for Science
and Religion (2002-2004) e é autor de numerosos livros sobre ciência e
religião, incluindo Science and Theology (Londres: SPCK, 1998).
Atualmente, ele atua como como reverendo na Igreja Anglicana na
Inglaterra.
O texto discute como a vida baseada em carbono pode se desenvolver
apenas em um universo notavelmente específico, no tocante às suas leis
naturais.
Possíveis explicações para este ajuste-fino apelam, ou a conjecturas
sobre um multiuniverso, ou ao conceito de criação. O artigo
compara essas explicações concorrentes.
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